S찼bado, 12/01.
Cheguei ao aeroporto de Toledo / PR por volta das 9 e meia. Abasteci o giro, fiz uma revisão básica e funcionei o motor. Deixei esquentando enquanto combinava com a namorada que viajaria de motocicleta dali até Assis Chateaubriand, ha cerca de 40 Km. Ela sairia uns 5 minutos antes de minha decolagem. Eu, que faria um atalho pelos céus, a encontraria em determinado ponto da rodovia. Ela saiu e eu logo depois decolei. Tanque com cerca de 40 litros e o velho Rotax 532 logo me levou pra cima. Cerca de três minutos depois estava sobre a PR 317. Procuro daqui, procuro dali e nada. Nosso diálogo não tinha sido conclusivo. Desisti do encontro que me faria acompanhá-la por um bom trecho entre as duas cidades. Ela de moto e eu de giro, a baixa altitude. Ao menos era essa a intenção. Abandonando o objetivo inicial rumei em direção a pequena cidade de Tupãssi, cerca de 25 quilômetros e que já tenuamente via no horizonte. Antes passei por sobre pequenos vilarejos de São Luiz, Palmitolândia. Pude relembrar quando morava na região e trabalhava na roça. Deus já sabia que um dia passaria por ali voando. Eu, nem imaginava. Com o motor na casa dos 6.200 RPM, água a 75 graus e EGT a 510 graus, cerca de 20 minutos depois estava em Tupãssi. Sobrevoei a periferia da cidade, evitando passar sobre ela. Dali aproei para a pequena cidade de Jota Esse. No lugar mora uma tia a quem tinha prometido, há pelo menos 4 meses, passar voando. Poucos minutos depois e tendo avançado uns oito quilômetros, já cheguei ao vilarejo. Pude, do alto, ver minha tia acenando com um tecxdo qualquer, naquele momento servindo de bandeira de saudação. Desci um pouco, fiz um circuito por sobre sua casa, cruzei a pequena cidade e voltei. Lá continuava ela, acenando para mim. Acenei também. Agora, cerca de 30 KM longe do aeroporto de Toledo e com cerca de 30 minutos de vôo, achei melhor voltar ao ponto de partida. Meu GPS já indicava o caminho de volta. Nem era preciso. Do alto avistava a cidade de cerca de 120 mil habitantes, ainda que meio perdida no horizonte. Se a primeira parte da viagem foi feita com velocidade em torno de 80 KM/h, em razão do vento, percebi que o retorno se dava bem mais rápido. Agora o GPS indicava entre 110 e 127 KM/h. Aproveitei o retorno e fui descendo até ficar próximo à s magnÃficas plantações de soja. Segui assim por pelo menos uns 4 quilômetros, novamente ganhando altura e já chegando na vertical de Palmitolândia. Cerca de 20 KM depois o aeroporto de Toledo estava na minha frente. Fiz o circuito e pousei. Foramao todo 71,1 Km percorridos em 44 minutos e numa velocidade média de 95 Km/h. A maior velocidade alcançada foi 131 Km/h, segundo o GPS. Logo que pousei, liguei para a minha tia. Ela revelou que não se conteve e chorou ao me ver passando. Não acreditava que aquela máquina que um dia viu passando sobre uma carretinha em frente a sua casa era aquela que agora fazia barulho e tinha jeito de helicóptero, além de me levar a bordo. No domingo ainda pude expedimentar a repercussão daquela passagem. Quase todos da cidade me viram. Pensaram realmente tratar-se de um helicótero. Assim foi mais essa pequena viagem.
Amanhã quero ver se posto algumas fotos para ilustrar esse relato.
Abra챌os,
Milton