quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Pequena viagem...


S찼bado, 12/01.
Cheguei ao aeroporto de Toledo / PR por volta das 9  e meia.  Abasteci o giro, fiz uma revisão  básica e funcionei o motor. Deixei esquentando enquanto combinava com a namorada  que viajaria de motocicleta  dali até Assis Chateaubriand, ha cerca de 40 Km. Ela sairia uns 5 minutos antes  de minha decolagem. Eu, que faria um atalho  pelos céus,  a encontraria em determinado ponto da rodovia. Ela saiu e eu logo depois decolei. Tanque  com cerca de 40 litros e o velho Rotax 532 logo me levou pra cima. Cerca de  três minutos depois estava sobre a  PR 317. Procuro daqui, procuro dali e nada. Nosso diálogo não tinha sido  conclusivo.  Desisti do encontro que me faria acompanhá-la por um bom trecho  entre as duas cidades. Ela de moto e eu de giro, a baixa altitude. Ao menos  era essa a intenção.  Abandonando o objetivo inicial rumei em direção a pequena cidade de Tupãssi, cerca de 25 quilômetros e que já  tenuamente via no horizonte. Antes passei  por sobre  pequenos vilarejos de  São Luiz,  Palmitolândia. Pude relembrar quando morava  na região e  trabalhava na roça. Deus já sabia que um dia passaria por ali voando. Eu, nem imaginava. Com o motor na casa dos 6.200 RPM, água a 75 graus  e   EGT a 510 graus, cerca de 20 minutos depois estava em Tupãssi. Sobrevoei a periferia da cidade, evitando  passar sobre ela. Dali   aproei  para a pequena cidade de Jota Esse. No lugar mora uma tia a quem tinha prometido, há pelo menos 4 meses, passar  voando.  Poucos minutos depois e   tendo avançado uns oito quilômetros, já cheguei ao vilarejo.  Pude, do alto, ver minha tia acenando com um tecxdo qualquer, naquele momento servindo de bandeira de saudação. Desci um pouco, fiz um circuito   por sobre sua casa, cruzei a  pequena cidade e voltei. Lá continuava ela, acenando para mim.  Acenei também. Agora,  cerca de  30 KM longe do aeroporto de Toledo e com cerca de 30 minutos de vôo, achei melhor voltar ao ponto de partida. Meu GPS já indicava o caminho de volta.  Nem era preciso.  Do alto avistava a cidade de cerca de 120 mil habitantes, ainda que meio perdida no horizonte.  Se a primeira parte da viagem foi feita  com velocidade em torno de 80 KM/h, em razão do vento, percebi que o retorno se dava bem mais rápido. Agora o  GPS indicava   entre  110 e 127 KM/h.  Aproveitei o retorno e  fui  descendo até ficar próximo às magníficas plantações de soja. Segui assim  por pelo menos uns 4 quilômetros, novamente ganhando altura e  já  chegando na vertical de Palmitolândia.  Cerca de  20 KM depois o aeroporto  de Toledo estava na minha frente. Fiz o circuito e pousei. Foramao todo 71,1 Km percorridos em 44 minutos e numa velocidade média de  95 Km/h. A maior velocidade alcançada foi 131 Km/h, segundo o GPS.  Logo que pousei, liguei para a minha tia. Ela revelou que não se conteve e chorou ao me ver passando.  Não acreditava que aquela máquina que um dia  viu passando  sobre uma carretinha em  frente a sua casa era aquela que agora fazia barulho e tinha jeito de helicóptero, além de me levar a bordo.  No domingo ainda  pude expedimentar a repercussão daquela passagem. Quase todos da cidade me viram. Pensaram realmente tratar-se de um helicótero.  Assim foi mais essa pequena viagem.
Amanhã quero  ver se posto algumas fotos para ilustrar esse relato.
Abra챌os,
Milton