domingo, 30 de outubro de 2005

Publicações sobre conversão de motores

De: cioti (Mensagem original) Enviado: 2/10/2005 22:29

Tenho v찼rias publica챌천es confi찼veis sobre convers찾o de motores VW p/ uso em ultraleves. Algu챕m tem interesse?

cioti

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

curso de giro

oi gostaria de saber se alguem sabe se em recife tem curso de giro ou procimo pos estou entere챌ado em montar um mas antes quero ter um bom trenamento, fico grato pela aten챌찾o.

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

MOTOR VW AINDA TEM MUITO A DAR

Acompanhando a discussão sobre a eventual “morte” do nosso VW, achei por bem adiantar as informações que pretendia divulgá-las dentre em breve, visando assim, minimizar riscos de ataques cardíacos, surtos psicóticos e outros sintomas próprios de fans inconsoláveis deste motor. Meu Predador está agora equipado com um VW 2.1 com injeção multipoint sequencial, redução por engrenagem no lado do volante (1,83:1), ECU Bosch tupiniquim remapeada para uso aeronáutico, arrefecimento forçado por ventoinha, isolamento elástico contra vibração torsional (a grande inimiga das reduções), bloco original VW, de magnésio (plenamente utilizável se não submetido à solicitações excessivas), comando Engle W-110, cabe챌otes tipo exporta챌찾o e peso total de 95kg, que est찼 desenvolvendo cerca de 102HP a 4350rpm, baseado nas leituras do empuxo obtido (cerca de 240kg com uma WD trip찼 de 70pol) comparado ao de outros motores com pot챗ncia aferida em dinam척metro. Seguem anexas fotos do bich찾o.

Comecei o projeto de engenharia h찼 cerca de 2 anos, utilizando, inclusive, c찼lculos por elementos finitos, e, ap처s muita pesquisa, suor, investimento e noites mal dormidas consegui um motor eficiente e confi찼vel, ratificado ap처s testes por cerca de 30h em bancada, inclusive 2h ininterruptas a plena carga.

Os motores Subaru EJ-22 e EJ-25 são, justificadamente, as grandes vedetes do mercado aeronáutico aí fora. Aqui, entretanto, ainda são caros e difíceis de serem encontrados. Nosso velho e conhecido VW, se bem projetado e montado, atende bem nossas necessidades. Giro mono e VW 2.1 ou 2.2 direto, sem redução, fazem um par ideal: leve, boa relação peso/potência e custo acessível. Meu Bensen moninho apresenta excelente performance nos quase 20 anos de uso, sem nenhuma pane. Para os giros duplos, a redução e o uso de hélices de maior diâmetro e eficiência é imprescindível, permitindo levar ou dar instrução, sem riscos, a nossos colegas “mais fortinhos” que, até então, tinham que se contentar em assistir ao vôo em terra.

O Predador est찼 com a c챕lula nos retoques finais que o transformaram no primeiro CLT (center line thrust) tupiniquim, ou seja, linha de empuxo alinhada com o CG, atual concep챌찾o mundial para projetos de giros, mais segura e que oferece melhor performance. Dentro em breve colocarei fotos e descri챌찾o detalhada do mesmo.

Abra챌os a todos

Fernando Cirigliano

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

MOTOR KAWASAKI

Amigos estou anexando um arquivo com alguns desenhos do motor kawasaki que muitos dos amigos me pediram fotos , so que ainda n찾o as consegui estou fechando o motor ainda e espero poder tirar fotos o quanto antes , espero que de pra ter uma ideia do motor .
 
Washington Luiz .
Attachment: ENGINE KAWA..doc

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Volkswagen decreta fim do VW a ar

Se voc챗s me permitem, eu gostaria de colocar um outro assunto em
discuss찾o, aproveitando o que o Abelha disse a respeito do motor.

H찼 cerca de 70 anos a Volkswagen iniciou a produ챌찾o em s챕rie de um
motor, que na minha humilde opini찾o de leigo, 챕 algo simplesmente
genial. Um produto que foi utilizado muito al챕m da expectativa. S찾o
incont찼veis os projetos de pequenas aeronaves que usam motor VW a ar.

E porque tantos projetistas lan챌am m찾o deste motor? Uma raz찾o 챕 que ele
tem muito suporte: in첬meros artigos e livros ensinam seu funcionamento e
como alterar as caracter챠sticas de f찼brica. Outra raz찾o 챕 que ele tem
uma raz찾o peso/pot챗ncia interessante: pouco mais de 50 hp num motor de
80 kilos. Al챕m disso, as pe챌as originais sendo automotivas s찾o de baixo
custo e se beneficiam da imensa rede de distribui챌찾o da Volkswagen.

Por챕m, o tempo passa. A Volkswagen soltou um press release informando
que para atender a nova legisla챌찾o anti-polui챌찾o em 2006 as Kombi n찾o
sair찾o mais com o motor refrigerado a ar, elas sair찾o de f찼brica com
motor refrigerado à água, o mesmo motor usado no Fox. O Brasil era o
첬ltimo pa챠s onde ainda se fabricava o VW a ar, diga-se de passagem.

Algu챕m j찼 alertou que a partir do momento em que a VW n찾o utilize mais
certos compontentes produzidos por terceiros em sua linha de produ챌찾o, a
tend챗ncia 챕 que a qualidade destes componentes caia sensivelmente.

Seria este um motivo de preocupa챌찾o para n처s? Se eles n찾o v찾o mais fazer
este motor, tem quem fa챌a? Existem v찼rias empresas que fornecem motores
baseados no VW a ar. Aqui mesmo no Brasil temos v찼rios fabricantes de
blocos, cada um com suas peculiaridades e aperfei챌oamentos. De
virabrequins tamb챕m temos v찼rios fornecedores. Cilindros, bielas,
pist천es? No problem. Existem kits de v찼rios tipos, para todos os gostos.

Agora, chegando no CABEÇOTE parece que a coisa muda de figura. Todos nós
sabemos que um VW a ar operando no seu limite, como 챕 o caso na maioria
dos nossos giros, tende a trincar ou empenar o cabe챌ote mais cedo ou
mais tarde. At챕 agora bastava ir at챕 um revendedor e comprar outro.
Doravante n찾o mais. At챕 onde fui informado s처 a Volkswagen fazia o
cabe챌ote. O motivo 챕 que ele 챕 feito de uma liga especial, que s처
compensava para a pr처pria Volkswagen, porque ela fabricava em larga
escala e podia bancar. Se algu챕m tem a informa챌찾o mais detalhada ou se
estou dizendo bobagem, por favor me d챗 a boa not챠cia que estou enganado.

E qual o impacto que esta mudan챌a pode ter para a avia챌찾o experimental?
NÃO TEMOS MAIS UM MOTOR DE BAIXO CUSTO. É verdade que um VW a ar
aeronautizado, realmente bem preparado, n찾o sai barato. J찼 ouvi
valores entre 12 e 24 mil. No entanto, o simples fato de saber que
existiam pe챌as alternativas produzidas para o mercado automotivo j찼
baixava o custo final, pois dava a op챌찾o ao comprador do n챠vel de
sofistica챌찾o do que ele queria no motor, at챕 quanto ele QUERIA gastar.

Um Rotax, por exemplo, que é a primeira alternativa que vem à mente, não
te d찼 esta flexibilidade, pois os novos est찾o em outra faixa de pre챌o,
ao passo que os usados t챗m seu pre챌o bem reduzido justamente porque o
custo da manuten챌찾o peri처dica destes motores 챕 alto. Quem tem um Rotax
velho quer vender, pois em muitos casos o custo de manuten챌찾o 챕 alto. E
sai caro justamente porque tem poucos distribuidores, mec창nicos, etc.

Pois bem, a avia챌찾o experimental em geral e os giros em particular tem
um belo abacaxi em m찾os. Gostaria de saber a opini찾o de voc챗s. Como a
comunidade da aviação experimental vai reagir à esta mudança da
Volkswagen? Os gringos t챗m mais op챌천es de motores. E n처s, que faremos?

Um grande abra챌o.

Esta mensagem foi postada nos sites:

http://groups.msn.com/ABgiro/discusses.msnw
http://br.groups.yahoo.com/group/clubedogiro/

O JuciÊ

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

MOTOR .

Ola amigos tudo bem , eu tenho um motor para venda que acho que serveria muito bem em um giro mono , 챕 um Kawasaki 550 , que tem as especifica챌천es do motor ROTAX 582 , 챕 refrigerado a agua , estou acabando de fechar , fiz uma revis찾o geral esse motor originalmente tem 65 hps , so que coloquei dois pist천es novos originais kawasaki aliviados [ um anel ] e cabe챌ote rebaixado PJS , e escapamento especial tb , foi totalmente descarbonizado e estou terminando a revis찾o do magneto , foi trocado rolamentos do eixo , e tudo muito bem feito , o motorzinho esta zero e ainda nem rodou depois da revis찾o que ainda to terminando , usa uma vela por cilindro e tem CDI , o motor s처 n찾o tem caixa de redu챌찾o que poderia ser usada uma de Rotax ou outro modelo qualquer , ele tem tamanho e peso equiparado com o ROTAX , se alguem tiver interrese entre em contato , estou pedindo R$ 3700,00 reais , um pre챌o muito bom ok . agrade챌o a aten챌찾o de todos .
 
Washington .
 

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

Peruibe, 25 de setembro de 2005.

Os pingos da chuva fina que chega antes do amanhecer me lembram como s찾o belas as coisas simples da vida. Estar de p챕 antes das 5 num domingo 챕 algo incomum pra mim, mas meus amigos t챗m o h찼bito de acordar cedo, e eu n찾o podia perder a chance de estar com eles.

L찼 vem o Lacerda, com o sorriso de sempre. Com ele est찼 o Seu H챕lio, que h찼 muito tempo eu n찾o via, trazendo a esposa, que para minha surpresa se lembrava de ter me conhecido h찼 anos, numa visita a Atibaia.

Para quem não conhece, deixa eu contar que o Hélio e o Montalva aprenderam a voar de giro juntos. Depois de anos de uma boa amizade, e quando o Montalva já vendia seus giros, o Hélio teve a iniciativa de desenvolver rotores de fibra de vidro. Com o apoio técnico da FEI ele obteve aprovação após um dispendioso processo de desenvolvimento e ensaios, que ele bancou do próprio bolso. Segundo me contaram, quando tudo estava pronto para começar a comercialização, o Montalva (que na época tinha um próspero negócio vendendo seus rotores de alumínio), espalhou que em sua opinião o rotor de fibra não era confiável, minando a iniciativa do amigo e arruinando um empreendimento que, segundo os laudos técnicos da FEI, tinha tudo para dar certo. A velha amizade se interrompeu de forma abrupta, e os dois nunca mais se falaram. Por isso, quando encontrar com o Hélio nem mencione o nome Montalva. É palavrão.

Ainda n찾o s찾o 6 horas e j찼 estamos com o giro do Iv찾 firmemente amarrado numa carreta, com mais 2 rotores. Detalhe important챠ssimo: estes 2 rotores foram feitos pela dupla Iv찾 e Lacerda. Eles n찾o gostam de alardear o feito, porque a humildade n찾o permite, mas eu vou alardear.

O rotor sem d첬vida constitui a parte mais cr챠tica na constru챌찾o de um
giro. Durante anos nesta comunidade, convivemos com um problema sério: quem faz rotores? Quem já tentou? Quem já conseguiu? Cavando informações aqui e ali, você fatalmente chegava a uma só pessoa: o Celso, de Nova Odessa. Aí você vai dizer: "mas tem o fulano, o cicrano, o beltrano, que fazem giro". É, mas todos eles compravam o rotor do Celso! Mas só quem já fez negócio com ele sabe o calvário que é. Eu já cheguei a comentar aqui sobre o Celso e choveram críticas. Tive que me render às evidências: não conheço uma pessoa que já tenha feito qualquer tipo de serviço ou comprado qualquer coisa do Celso e que não tenha passado por problemas sérios. Tem estória pra encher um livro.

O Iv찾 e o Lacerda, depois de perderem muito tempo e dinheiro com o Celso, tomaram uma decis찾o dr찼stica: iriam fazer eles mesmos seus rotores. Armados de muito cuidado e paci챗ncia, meteram a m찾o na massa.

Chegando à Peruíbe, o Ivã entra numa padaria e sai trazendo comes e bebes suficientes pra passar uma semana na praia, acertando o rotor.

Descemos da caminhonete um j처ia constru챠da pelo H챕lio h찼 25 anos: um glyder (ou giro-planador, como ele prefere chamar) biplace, constru챠do segundo os planos do Bensen e usando uma cabe챌a de rotor original, trazida dos Estados Unidos. Mesmo ap처s 25 anos pode-se ler o nome "Bensen" na etiqueta de alum챠nio. Os rolamentos e parafusos j찼 foram trocados, obviamente. O impressionante 챕 ver um glyder com esta idade!

Na hora de montar o rotor percebemos que os parafusos que prendem o separador ao "tijolinho" est찾o salientes demais, o que interfere na amplitude do movimento de gangorra que o rotor faz sobre o seu eixo. Em meio ao ar de decep챌찾o, ap처s tanto esfor챌o, tiveram a id챕ia de procurar um serralheiro al챠 mesmo em Peru챠be. Mesmo no domingo eles encontraram uma boa alma que lhes permitiu usar a oficina.

No meio tempo, enquanto o Lacerda e o Iv찾 estavam entretidos, eu conversava com o H챕lio, que me disse que na opini찾o dele a vis찾o que temos sobre o aprendizado 챕 um tanto equivocada. Hoje, considera-se que 챕 imposs챠vel aprender a pilotar um giro, a n찾o ser tomando aulas com um instrutor num giro biplace motorizado.

Contou que na 챕poca em que ele e o Montalva aprenderam, simplesmente n찾o havia giro motorizado duplo, portanto esta possibilidade n찾o existia. Sendo assim usaram o mesmo recurso empregado durante d챕cadas: o glyder. "Este preconceito dos mais novos com o giro-planador 챕 totalmente
errado. Era nele que todos n처s aprend챠amos naquela 챕poca." Segundo o que ele me explicou, pelo que me lembro o m챕todo 챕 mais ou menos assim:

No giro-planador com o instrutor:
. v척o
. controle da velocidade do rotor
. gangorra
. muito pouso e decolagem
. curvas

Repete-se este ciclo no planador sem o instrutor do lado. Depois de um bom tempo nisso voc챗 pode abordar o giro motorizado desta maneira:

. taxiar v찼rias horas, fazendo gangorra controlando o rotor e motor;
. levantar no m찼ximo um ou dois palmos do ch찾o, manter assim;
. decolar, manter, pousar... decolar, manter, pousar...
. levantar um pouco mais;
. fazer curvas bem leves em S;
. finalmente, quando se sentir bem preparado: um circuito completo.

Cada etapa destas feita sem pressa. Leva-se meses, mas é um método que funciona. "O biplace motorizado é uma boa alternativa, não é a ÚNICA."

N찾o demorou nada e chegaram o Iv찾 e o Lacerda. Desta vez a amplitude do movimento ficou como esperado. Depois de suarmos um bocado pra botar o VW pra funcionar, eu vi o rotor funcionando, e me pareceu que funciona muito bem. A opini찾o do H챕lio, que ficou testando o rotor durante horas no giro do Iv찾, 챕 de que ele tem um desempenho que n찾o deixa nada a desejar. O cuidado que ambos tiveram na sua confec챌찾o valeu a pena.

Tinha mais pra contar, mas infelizmente o tempo que eu dispunha acabou.

Um forte abra챌o a todos voc챗s, meus amigos, muito obrigado pelo carinho.

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O JuciÊ