DOCUMENTOS TÉCNICOS

CONSTRUINDO MOLAS NA PRÓPRIA OFICINA

Os links abaixo , enviados pelo colega  Lacerda , demonstra como se pode fazer molas de tração e compressão na própria oficina  usando um dispositivo simples de construir .

http://youtu.be/SZ3Vfsz406Y
http://youtu.be/GdvG_T3hsk8

Boas molas !!!

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SEGURANÇA EM SISTEMA OXI- ACETILÊNICO


O propósito do presente trabalho é padronizar procedimentos no que se refere ao uso dos dispositivos de segurança do sistema oxi - acetilênico , tendo em vista que a legislação brasileira, existente na época da divulgação deste trabalho , não previa a obrigatoriedade do uso de tais dispositivos, ficando a critério dos profissionais de segurança , o seu uso ou não.
Quanto aos cilindros adota-se no Brasil procedimentos diversos e a respeito da aplicação de plug's fusíveis ( NBR 11.749 ), normalmente fica dependendo das normas vigentes nos países fabricantes (carta AGA S/A anexa), e que aqui os produzem através de suas filiais. Mas merece uma certa atenção nossa de profissional offshore a resolução da ABNT determinada na NBR 12.274 Anexo A Tabela 1 observação B , em que determina que: No caso de cilindros usados em plataformas marítimas, a inspeção periódica deve ser feita a cada ano e o "ensaio hidrostático" no período do anexo A.
Acreditamos que a veiculação deste trabalho, nas áreas em que são executados os serviços com o uso do sistema oxi - acetilênico vá concorrer para sua maior segurança.
Este trabalho tem ainda o intuito de levantar discussão entre os profissionais, tornando-os multiplicadores dos temas abordados.
Quando o presente trabalho, foi publicado e apresentado no I Encontro de Manutenção do E&P / Aracaju, não havia a obrigatoriedade amparada por lei, para os procedimentos de segurança nele descritos e recomendados. Esta situação temos a grata satisfação de poder informar "que mudou", com a portaria do Ministério do Trabalho n.º 04 de Julho de 1995, editada no Diário Oficial de 07 de Julho de 1995, página 10.066 Seção I, em que aprova o novo texto e título da Norma Regulamentadora n.º 18.

ÍNDICE
1 - Introdução.
2 - Processo de obtenção do Acetileno.
3 - Características e propriedades físicas e químicas.
4 - Toxicidade.
5 - Cilindros.
5.1 - Características externas
6 - Armazenamento.
7 - Cuidados diversos.
8 - Soldagem e Oxi - Corte .
9 - Retrocesso de chama.
10 - Dispositivos contra refluxo de gás e retrocesso de chamas.
10.1 - Válvulas uni-direcionais.
10.2 - Dispositivos contra retrocesso de chama.
11 - Tipos de maçarico.
12 - Recomendações no uso.
12.1 - Importância da boa manutenção.
12.2 - Apagar o maçarico.
12.3 - Desativar o suprimento de gás.
12.4 - Acender o maçarico.
12.5 - Procedimentos incorretos.
12.6 - Chama oxidante.
12.7 - Chama dividida.
12.8 - Trabalho em ambientes confinados.
13 - Regulamentos / Legislação de Segurança.
14 - Anexos.
14.1 - Carta da AGA de 05/05/95. Ref. Dispositivos de alívio de pressão em cilindros de gases.
14.2 - NBR 12.274

14.3 - Xerox de Reportagens


1 - INTRODUÇÃO:

O acetileno C 2 H 2 é um gás puro que necessita ser dissolvido quando sob pressão e que tem origem no carbureto de cálcio CaC2 , que por sua vez é produzido pela fusão do cal e do carbono sob a influência das elevadas temperaturas dos fornos elétricos o cal e o carbono se combinam resultando o carbureto de cálcio líquido que fluí do forno caindo em formas onde se esfria, formando grandes blocos, que a seguir são triturados e classificados em várias granulometrias.

2 - PROCESSO DE OBTENÇÃO DO ACETILENO:

É produzido, reagindo-se o carbureto de cálcio com água em geradores próprios para esta finalidade. A reação química é do tipo exotérmica (libera calor). O acetileno assim gerado, é posteriormente resfriado, purificado ,lavado, comprimido e finalmente acondicionado em cilindros apropriados, que iremos falar mais adiante. Sua composição química C 2 H 2 é das mais simples dos compostos orgânicos não saturados e compõe-se de 7,47% de hidrogênio e 92,24% de carbono.

3-CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS.

É um gás combustível, asfixiante, anestésico, incolor, inodoro quando 100% puro.
Comercialmente é distribuído com impurezas o que lhe dá o cheiro característico de alho, devido principalmente às suas pequenas impurezas da fosfina e de gás sulfídrico.

• Sinonímia: Etino
• Fórmula: C 2 H 2
• ONU: 1001
• Ponto de Fusão: - 81,8º C (890 mm)
• Ponto de Ebulição a 1 atm.: - 84 º C
• Solubilidade em água: Pouco solúvel
• Solubilidade solv. org.: Álcool , Acetona e Dimetilformianina (DMF).
• Pressão de Trabalho: 0,12 Mpa ou 1,2 bar.
• Pressão de vapor (bar) a 20º C = 43,2.
• Ponto de Fulgor: 17,8º C.
• Temperatura de Auto Ignição: 300º (O2 ) e 335º C(Ar).
• Temperatura Crítica: 36,3º C.
• Pressão Crítica : 63,66 Kg/cm2 abs.
• Temperatura da Chama Normal com Oxigênio : 3106º C.
• Densidades: Relação ao ar = 1: 0,91 a 21º C
• Relação a água: 1,09 kg/ m3 .
• LIE (Limite Inferior de Explosívidade) - 2,5% (Ar) 3% (O2)
• LSE (Limite Superior de Explosividade) - 82% (Ar) 93% (O2)
• Classificação do Risco: Altamente inflamável.
• Classe de Incêndio: "B"
• Agentes Extintores: Pó químico, CO2 , Halon ou outro agente que atue por abafamento e estancar o vazamento, resfriando-se o cilindro durante 24 hs e desembarca-lo o mais breve possível.
• Materiais incompatíveis: Reage vigorosamente com materiais oxidantes.
• Reage explosivamente na presença de cobre, prata, flúor, cloro e mercúrio.
Deverá ser evitado qualquer contato entre o acetileno e estes metais, como, com os seus sais, compostos ou ligas de alto teor.
Quando submetida a pressão, ou seja a 2,10 Kg/cm2 ( 30 PSI ou 2 ATM ) pode explodir por decomposição o que acontece também quando submetido a choques sem a presença de ar ou fonte de ignição, e quanto maior a pressão, menor a energia necessária para o seu desencadeamento.

4 - TOXICIDADE

Classificação da toxicidade (THR): Ligeiramente narcotizante.
Limites de tolerância: (Mac) 5000 ppm no ar (não confirmado)
Vias de absorção - Respiratória.

5 - CILINDROS

A carcaça do cilindro é composta por duas chapas repuxadas, ligadas entre si por uma solda , chamada de meio corpo.
Alem dessa solda , existem duas outras, a do colarinho ou garganta , na parte superior e a do pé-de-rolamento, na parte inferior.
Para que o cilindro de acetileno seja transportado com segurança e pressões acima de 1 Kg/ cm2, o que torna o acetileno altamente instável e que pode se decompor violentamente em seus elementos constituintes (hidrogênio e carbono) eles são totalmente preenchido com massa porosa, composta de carvão de lenha, terra infusória (material constituído essencialmente por sílica hidratada), asbesto e um cimento de ligação, Sendo seus poros visíveis a ampliações maiores de 500 vezes.
Na sua fabricação, a massa é misturada com água até tomar uma consistência pastosa, e é introduzida nos cilindros, que são sacudidos continuamente e depois mantidos em estufa a temperatura próxima a 250º C. Isso ocasiona uma ligação do cimento, ficando os cilindros, no final da operação de secagem, completamente cheios de massa porosa.
No topo da massa porosa, logo abaixo da rosca do colarinho, existe uma cavidade cilíndrica que permite a colocação de amianto, feltro e telas, constituindo um conjunto cuja função é evitar a entrada de chamas para dentro do cilindro e reter as impurezas que porventura existam dentro dos mesmos.
Além da massa porosa, o cilindro de acetileno, para poder receber o gás, deve estar cheio de acetona, na qual o acetileno irá dissolver-se.
O acetileno dissolvido na acetona distribuí-se uniformemente por todos os poros da massa, evitando a formação de bolsões, onde o acetileno livre, em estado gasoso, formaria aglomerados, que com o menor impacto, poderia decompor-se e ocasionar a explosão do cilindro . Assim, agora temos condições de comprimir o acetileno , evitando é claro, uma compressão muito rápida, e chegando até a pressão final de enchimento de 28,2 kgf/cm2, o que após o assentamento do gás devera cair para 17,6 Kgf/cm2 , a 21º C.
O acetileno dissolve-se em acetona, sendo que 1 volume de acetona dissolve 25 volumes de acetileno , para cada atmosfera de pressão . Assim, se a pressão for de 15 ATM , 1 litro de acetona dissolvera 15x25 = 375 litros de acetileno.
No acetileno, CO2 , N2O, etc ... onde as fases líquida e gasosa coexistem a avaliação de carga existente no cilindro é feita por pesagem. No cilindro de acetileno quando de sua carga ou recarga é injetado acetona, agente estabilizador, na forma líquida e o acetileno na forma gasosa.
O acetileno, quando em garrafas é vendido por quilo (Kg). Um quilo(kg) de acetileno corresponde , aproximadamente, a 863 litros .
5.1 -Características externas:
Normalmente são equipados com "bujões fusíveis", pequenos "plugs" atarraxados no topo e/ou no fundo do cilindro cuja parte central é composta de chumbo, estanho e bismuto/cádmio, fundido-se em temperaturas próximas a 80º C funcionando assim como dispositivo de alívio em situações anormais de alta temperatura como num incêndio, por exemplo, evitando a explosão do cilindro.
Se, porventura, o cilindro de acetileno for submetido a um calor excessivo, haverá a fusão da liga estanho-cádmio que permitirá imediatamente, a saída de acetileno do interior do cilindro evitando, assim, um aumento interno de pressão com efeitos desastrosos.
Obs. O referido dispositivo de segurança não é utilizado por todos os fabricantes, que de acordo com a ABNT / NBR 11.749 - Especificação de válvulas de cilindros para gases comprimidos , descreve que a utilização ou não deste dispositivo de segurança fica a cargo do fabricante. A partir daí cada um segue a legislação dos países de origem (matriz).
Ex.: White Martins - possui, de acordo com a legislação americana.
AGA - Não, que cumpri a legislação européia ( DIN / Alemã ).
Todos os cilindros devem possuir em seus colarinhos, marcações que devem ser bem visíveis, de modo que permitam o fácil reconhecimento, e devem conter:

• O número de fabricação do cilindro,
• Identificação do fabricante,
• A data do teste de fabricação do cilindro (mês e ano),
• A pressão de trabalho,
• A tara do cilindro em Kg.

Só que normalmente, estas marcações não se apresentam visíveis, quando no destino final.
O cilindro de Acetileno não possui prazo para revalidação de teste hidrostático, tendo em vista o seu conteúdo ser preenchido com massa porosa, apesar da Norma PETROBRÁS N 18 A, determinar a sua verificação.
Vale destacar, o não atendimento pelas engarrafadoras das condições em que são entregues os cilindros de Oxigênio , Argônio e outros que atendem as nossas unidades marítimas, e que são preceituados pela ABNT através da NBR 12.274 Anexo A Tabela 1observação B , que determina:
No caso de cilindros usados em plataformas marítimas, a inspeção periódica deve ser feita a cada ano e o "ensaio hidrostático" no período do anexo A. (Veja Nota abaixo)
Observem que o Anexo A da NBR 12.74 não menciona ensaio hidrostático e sim Intervalo máximo entre inspeções periódicas
Lembro ainda que na NBR 12.274 no item 4.3 Inspeção Periódica sub-item 4.3.2 determina que:
A inspeção periódica compreende também as verificações constantes em 4.2.1 e mais as seguintes:

• Inspeção visual interna,
• Avaliação da massa do cilindro (pesagem)
• Inspeção das roscas do gargalo e colarinho;
• Ensaio hidrostático

Como vocês podem observar o Ensaio hidrostático é um dos sub-itens da inspeção periódica, e o subtítulo existente no Anexo A - Tabela 1 - Intervalos entre inspeções periódicas, determina que a inspeção periódica deve ser feita a cada ano e o ensaio hidrostático dentro do período estipulado no anexo, isto nos parece discordante tendo em vista que o ensaio hidrostático é um dos sub - itens das inspeções periódicas.

Após as inspeções periódicas , conforme determinação da NBR 12.274, deve ser realizado.
Item 4.3.4 - Depois da aprovação do cilindro as seguintes operações complementares devem ser realizadas:
• marcação;
• pintura e identificação.
Nota : De acordo com representante de uma grande engarrafadora em palestra no auditório do E&P BC, em 05/08/98 tendo como tema SEGURANÇA E MANUSEIO DE GASES E EQUIPAMENTOS, "eles entregam e recebem os cilindros em terra, sendo assim os mesmos não tem como saber se os cilindros trabalharam em plataformas marítimas , portanto resguardados pela lei ".
(Volta)

6 - ARMAZENAMENTO
Os cilindros devem ser armazenados longe de quaisquer fontes de calor. A temperatura do cilindro não deve ultrapassar 50º C, em virtude do aumento da pressão interna, decorrente do acréscimo da energia cinética do sistema acetileno - acetona.
A separação entre os cilindros de oxigênio e acetileno, pode ser obtida mediante o distanciamento mínimo de 06 mts ou de barreira não inflamável de 1,5 mts de altura com resistência ao fogo de no mínimo 30 minutos.
É necessária a separação entre os cilindros vazios e os cheios. Para efeito de sinalização, devem-se marcar os cilindros vazios a giz, com a palavra vazio.
O armazenamento de cilindros, cheios ou vazios, deve estar afastado de, no mínimo, 04 mts dos cilindros em uso.
Os cilindros vazios, devem permanecer com as válvulas fechadas, uma vez que contém acetona, que poderia ser liberada com o aumento da temperatura, vale lembrar que a acetona ( propanona ) , Líquido incolor, volátil, com cheiro agradável, usado como solvente em inúmeras indústrias; [Fórm.: CH3COCH3.] possuí , Limite Inferior de Explosividade = 2,15% e Limite Superior de Explosividade = 13,0%, , podendo se chegar facilmente ao risco de explosão, tanto pelo aumento de temperatura, de pressão ou inclinação do cilindro, que propicie pequenos vazamentos .
A válvula do cilindro de acetileno deve ser obrigatoriamente coberta por uma tampa/capacete.
Na falta da tampa de proteção/capacete, um golpe acidental sobre a válvula pode levar à quebra da mesma com a conseqüente inundação do ambiente, possibilitando a ocorrência de explosão ou princípio de incêndio.
Os cilindros de acetileno devem permanecer sempre na vertical, seja no armazenamento, no transporte ou na sua utilização. Se um cilindro de acetileno for inclinado, durante seu uso, a acetona poderá influir na qualidade da soldagem, como também na segurança do cilindro, uma vez que parte do acetileno passará a estar submetida a pressões superiores a 1 ATM, sem a proteção da acetona, que tem o efeito estabilizador.
A área de armazenamento de acetileno deve ser sinalizada com placas de advertência, proibindo fumar, produzir ou alimentar chamas

7 - CUIDADOS DIVERSOS

Pressão de trabalho da válvula reguladora de pressão: máximo de 1,5 Kg/cm2 , pois acima disso haveria arraste de acetona.
O acetileno produz uma temperatura de chama até 3.106 º C.
Os cilindros de acetileno não devem ser submetidos a impactos (queda, choque mecânico, etc...), o que pode danificar o cilindro, a válvula, os bujões fusíveis, dependendo do fabricante, e até mesmo quebrar internamente a massa porosa, o que constituiria sério risco de explosão, dado que , na região da fissura, parte do acetileno estaria submetida a pressões superiores a 1 ATM, sem o efeito da proteção da massa porosa e do agente estabilizador "acetona" e quanto maior a pressão, menor a energia necessária para o seu desencadeamento.
Se um cilindro estiver sendo utilizado em áreas de solda a arco elétrico, todas as medidas devem ser adotadas para evitar o contato de cilindros com o circuito elétrico. O contato de um eletrodo de solda energizado ou mesmo um cabo energizado com um cilindro de gás, implica não só a possível condenação do cilindro, como também riscos de explosão. Pois haverá a queima da massa porosa, consequentemente queima de acetileno e acetona, acarretando aumento de temperatura e pressão interna bem como haver o efeito de terra com o cilindros sofrendo a descarga.
Para se obter com segurança a mistura do acetileno com o oxigênio no maçarico, há necessidade de se trabalhar com pressões bem balanceadas, de acordo com o maçarico utilizado.

8 - SOLDAGEM E OXI - CORTE.

A soldagem e corte oxi-acetilênico é um dos processos de união ou separação de metais por "fusão" simples.
Sendo necessário uma fonte de calor de alta temperatura, proveniente de maçarico alimentado a gás e que a temperatura de ignição (aço 1.150ºC) do metal deve ser mais baixa do que a do ponto de fusão.
Na realidade, é um processo de combustão, quando um aço é cortado ou fundido, o ferro reage com oxigênio, produzindo óxido de ferro.
Os óxidos de ferro formam uma escória fundida que pode ser facilmente removida da zona de reação, por jatos de O2 que tem a função de manter , alimentar e aprofundar a fonte de calor não necessitando mais de uma concentração tão acentuada do gás combustível do sistema oxi-acetilênico, pois com 40% de oxigênio no ar, a velocidade de combustão será dez vezes mais alta do que o normal .
Uma das condições fundamentais que se deve cumprir para que o processo funcione é que os produtos de combustão (óxidos) devem ter um ponto de fusão mais baixo que o do próprio metal.

9 - RETROCESSO DE CHAMA.
Isto ocorre quando por qualquer motivo a velocidade de saída dos gases fique menor do que a velocidade de combustão , e se dividem em retrocesso momentâneo , sustentado e total.
Retrocesso momentâneo: a queima retrocede ao interior da ponteira do maçarico com um estalo. A chama se apaga e volta a se acender na ponta do bico.
Retrocesso sustentado Com a seqüência do retrocesso momentâneo haverá um aumento na temperatura interna da ponteira e conseqüente dilatação que tornará cada vez menor a velocidade de saída dos gases ( a velocidade de saída dos gases é inversamente proporcional, ao quadrado do diâmetro da ponteira) e como a velocidade de combustão permanece constante, pois só depende da mistura dos gases a queima se dará cada vez mais para o interior do maçarico, câmara de mistura, neste instante o maçarico começará a emitir um ruído característico, silvo, e se não fechar as válvulas, o injetor se fundirá.
Com a continuidade do processo de retrocesso, esta queima que se dá na câmara de mistura irá ocasionar onda de choque pressionando o oxigênio e o gás combustível para trás, fluxo revertido, para o interior de seus dutos respectivos ou jogando para o duto de menor pressão. Se deixarmos que a queima da mistura prossiga cada vez mais no sentido inverso, ao da saída dos gases, ela irá até a fonte supridora e se não houver um dispositivo de segurança (válvula corta-chama seca) haverá explosão . Este recuo de chama, ou melhor, queima de mistura desde a extremidade da ponteira até a fonte supridora é chamado de retrocesso de chama total .
Geralmente o retrocesso de chama se dá quando a ponteira se aquece demasiadamente havendo dilatação das partes calibradas do maçarico ou uma partícula de metal cria uma obstrução do bico do maçarico ou ainda uma excessiva aproximação da ponteira a poça de fusão da solda , dependendo da velocidade com que o jato de Oxigênio saí do bico de corte, sua periferia, sucçiona estes gases de combustão, reduzindo sua pureza periférica.
Quanto maior é a velocidade maior é a sucção.
Isto nos pode levar a pensar que quanto maior é a pressão, maior é a contaminação, o que não é verdade, pois aumentando a pressão, aumenta-se também a quantidade de oxigênio por unidade de tempo . Um maçarico bem cuidado e o emprego de pressões corretas reduzirá os retrocessos de chama ao mínimo.

10 - DISPOSITIVOS CONTRA REFLUXO DE GÁS E RETROCESSO DE CHAMAS.

10 .1 -Válvulas unidirecionais.
As válvulas unidirecionais são instaladas no maçarico tanto na conexão do gás combustível como na do oxigênio. Em muitos casos, o maçarico já possui válvulas unidirecionais. Tais equipamentos evitam, com eficácia, o refluxo de gás. O refluxo é a causa mais comum de retrocesso total do gás. Por outro lado, as válvulas unidirecionais não impedem que o retrocesso da chama ocorra.
Para que uma válvula seja realmente eficiente é preciso que seja verificada regularmente, de preferência a cada seis meses, portanto temos que criar procedimentos de controle .
Esta recomendação de verificação regular, das válvulas unidirecionais ou corta chamas , por períodos determinados, não foi considerada na revisão da NR 18, publicada no Diário Oficial de 07 de Julho de 1995.
10.2 - Dispositivos contra retrocesso de chama.
Os dispositivos contra retrocesso da chama são eficazes na prevenção do retrocesso total até o cilindro ou até o sistema de fornecimento, o que poderia causar sérios acidentes. Os equipamentos contra retrocesso estão disponíveis em duas formas: dispositivos contra retrocesso da chama para maçarico e dispositivos contra retrocesso da chama para reguladores e sistemas centralizados de gás.
Os dispositivos contra retrocesso da chama para maçaricos são montados diretamente no maçarico e tem duas funções. Para a chama em caso de retrocesso momentâneo, com o auxílio do dispositivo contra retrocesso da chama e evitam o refluxo com o auxílio de uma válvula unidirecional embutida.
O dispositivo contra retrocesso da chama é um filtro de metal sinterizado, normalmente de aço inoxidável. O gás pode passar, mas a chama se apaga por causa do efeito de dissipação de calor que irá ocasionar aumento de pressão interna, após o filtro , acarretando o fechamento da válvula unidirecional :



Os dispositivos contra retrocesso da chama para reguladores são montados diretamente no regulador ou no posto de utilização das centrais de gases.
Além de evitar o refluxo com o auxílio da válvula unidirecional a apagar a chama depois de um retrocesso com o auxílio de um dispositivo contra chama, os referidos equipamentos para reguladores, também, podem ter as seguintes funções:
* Interrompe o fornecimento de gás em caso de retrocesso. A onda de choque de pressão que acompanha o retrocesso ativa uma válvula de fechamento que pode ser reposicionada depois do retrocesso. Os fabricantes de equipamentos solucionaram este problema de diversas formas. O reposicionamento pode ser feito através de botão, alavanca ou pino. É importante que se possa reposicionar o dispositivo contra retrocesso para reguladores, mas isto não significa que é fácil fazê-lo. O operador deve levar em consideração o que causou o retrocesso, corrigindo eventuais defeitos, antes de iniciar o trabalho.
Obs.: Quando se usa uma válvula de reposicionamento por pino é comum verificarmos que o usuário retira o pino para usar a corrente que o acompanha como, adorno, e quando é necessário a sua utilização pega um eletrodo retira o seu revestimento e insere no dispositivo, acarretando sedimentação de material de revestimento no interior e consequentemente forçando o diâmetro de reposicionamento da válvula.
* O fechamento ativado Térmicamente evita que o gás flua para fora do cilindro em caso de incêndio . Se esta função for ativada, o dispositivo contra retrocesso da chama, não pode ser reposicionado, precisa ser substituído e/ou reparado.
A vantagem de um dispositivo contra retrocesso da chama para regulador ou posto de utilização é que sua capacidade de fluxo pode ser muito maior que a dos dispositivos contra retrocesso para maçarico que tem que ser pequeno e leve, ou seja o que reduz a sua capacidade de fluxo. Desta forma, a queda de pressão ao longo do equipamento é, portanto, maior. A desvantagem do dispositivo contra retrocesso da chama para o regulador é que ele não impede explosões nas mangueiras. Assim, o melhor nível de segurança é obtido se forem usados equipamentos contra retrocesso da chama tanto para o maçarico quanto para o regulador.
Os dispositivos contra retrocesso da chama devem equipar não só o lado do gás combustível, mas também o lado do oxigênio. Um dispositivo contra retrocesso da chama no regulador do oxigênio pode, por exemplo, evitar que o oxigênio continue a fluir em caso de incêndio. Isto é muito importante, pois o oxigênio aumenta a velocidade de combustão.

11 - TIPOS DE MAÇARICO.

Para entender o que ocorre no retrocesso da chama , é preciso entender e conhecer como é feito um maçarico. Dependendo do princípio da mistura , classificamos os maçaricos em maçaricos injetores e maçaricos misturadores . Os princípios estão ilustrados nas figuras a seguir.
No maçarico injetor, que trabalha com baixa pressão, a pressão do gás combustível " é sempre menor" que a pressão oxigênio. Os gases são misturados quando o fluxo de gás sucçiona / arrasta o gás combustível ao passar pelo bico injetor. De acordo com a ISO, os maçaricos injetores sempre devem estar marcados com o símbolo I.
No maçarico misturador , as pressões de entrada de gás do combustível e do oxigênio são iguais. De acordo com a ISO, os maçaricos misturadores sempre devem estar marcados com o símbolo II.

12 - RECOMENDAÇÕES NO USO:

12.1 - Importância da boa manutenção:
Ha certas partes no maçarico que exigem precisão da ordem de centésimos de milímetros. Para que tal instrumento de os serviços para os quais foi projetado e construído, é necessário da parte dos soldadores, um cuidado todo especial na sua manutenção. As inspeções devem ser freqüentes. As ponteiras, o injetor, as sedes das válvulas, devem ser conservadas limpos. As partes danificadas devem ser substituídas. Sobretudo, não devem ser usados instrumentos cortantes na limpeza das ponteiras.
As válvulas de retenção (unidirecionais e corta-chama) devem ser verificadas periodicamente para verificação de vedação do fluxo reverso. As freqüências de inspeção depende da intensidade do uso. As válvulas de retenção (unidirecional) evitam o fluxo reverso dos gases, mas não evitam o retrocesso de chamas. Para isso existem as válvulas de segurança corta chama seca (metal sinterizado de inox para adaptação nos cilindros e maçarico).
12.2 - apagar o maçarico.

Se a válvula de oxigênio for fechada antes da válvula de acetileno, há riscos de retrocesso de chama, uma vez que o acetileno continuaria a queimar na câmara de mistura provocando a produção de fuligem nos bicos e o entupimento.
sugestão:- Fechar a válvula de acetileno do maçarico e em seguida, fechar a válvula de oxigênio.

12.3 - desativar o suprimento de gás.

Se o sistema permanecer pressurizado por muito tempo, o envelhecimento das mangueiras e dos diafragmas dos reguladores de pressão será acelerado, além do que, o menor vazamento que acidentalmente possa existir será suficiente para inundar o local e caracterizar o risco de explosão.
Se o serviço tiver de ser interrompido por mais de 15 minutos, deve-se soltar a pressão do regulador, na seqüência de operações, a serem descritas, primeiro para o acetileno e em seguida, para o oxigênio
a) Fechar a válvula do cilindro;
b) Abrir a válvula do maçarico até que o ponteiro do manômetro de alta pressão do regulador chegue a zero;
c) Soltar o parafuso de regulagem girando-o no sentido anti-horário até ficar solto;
d) Fechar a válvula do maçarico,
e) Detectar vazamentos.
E possuindo este costume o usuário esta propenso ao "retrocesso de chama", pois a sua válvula reguladora, estará lhe mascarando a vazão, acarretando velocidade de saída menor que a velocidade de combustão conseguindo que os gases da combustão tenham maior volume e pressão acarretando o retorno dos gases de saída para câmara de mistura.
O regulador de pressão é um dispositivo pneumático projetado para reduzir a pressão para um valor definido e mante-la constante, mesmo que a pressão admissível seja variável :








12.4 - acender o maçarico.
Se forem utilizados isqueiros comuns, poderão ocorrer sérias explosões em virtude da quantidade de gás comprimida no isqueiro.
Utilizar somente isqueiro apropriado para o acendimento de gás; ele deve produzir somente centelhas e não possuir reservatório de combustível.
Se o maçarico for aberto dando vazão de acetileno à atmosfera, e decorrer um intervalo de tempo um pouco longo até que se acenda a chama, haverá o enriquecimento da atmosfera com acetileno e o conseqüente risco de explosão.
Se depois de alguns segundos de vazão de acetileno à atmosfera não for obtida a ignição, deve-se fechar a válvula do maçarico e promover-se a ventilação do ambiente antes de qualquer nova tentativa. Deve-se evitar a insistência com maçaricos defeituosos, à menor suspeita.
12.5 - procedimentos incorretos.
Tocar a poça de fusão com a chama primária, ou aproximar exageradamente o maçarico da soldagem, são procedimentos errados que, além, de causarem defeitos na junta soldada, criam o risco de retrocessos de chama e consequentemente, de explosões.
Deve-se determinar a distância correta entre o maçarico e a zona de fusão, utilizando-se como referência a zona de maior temperatura da chama.
12.6 - chama oxidante.
Excesso de oxigênio - Produz centelhamento excessivo
Providenciar regulagem das pressões.
12.7 - chama dividida.
Indica a presença de impurezas na região interna do bico do maçarico, o que pode ser também detectado pela mudança do som característico da chama.
Nestes casos, existem riscos de obstrução total ou parcial do bico do maçarico, o que pode levar a conseqüências diversas, desde um simples engolimento de chama, até a explosão provocada por retrocesso de chama.
Existe também o risco de projeção das impurezas na poça de fusão, além da chama produzida com bicos semi-obstruídos não ser adequada para a soldagem .
Deve-se, nestes casos, apagar a chama e limpar o bico do maçarico com agulha apropriada para esse fim, e com uma pequena vazão de oxigênio, obtida com uma ligeira abertura da válvula de oxigênio do maçarico.
12.8 - trabalho em ambientes confinados.
Embora não produza altas concentrações de fumos metálicos como o processo a arco elétrico, o processo oxiacetilênico também libera fumos, conseqüentes da condensação de vapores da poça de fusão, que associados aos gases de combustão (CO e CO2) e á fosfina e outros gases que são comumente encontrados como impurezas no acetileno.
Podem causar lesões ou irritações ao aparelho respiratório do soldador e de seus auxiliares.
Técnicas de ventilação diluidora ou exaustora, associadas à utilização de máscaras providas de filtros químicos, se estas se fizerem necessárias como equipamento complementar ou de utilização provisória .
13 - REGULAMENTOS / LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA

Válvulas de . Retenção.
Obrig. Recom. Dispositivo c / Retr.maçarico
Obrig. Recom. Dispositivo c / retr.regulador
Obrig. Recom. Teste Periódico Org. de Teste /
Normas
ACET.
BRASIL
OXIG. X
X X
X NR 18 - MT.
D.O 07 jun 95
ACET.

OBRIG.= OBRIGATÓRIO RECOM.= RECOMENDADO
*1 - Legislação sobre sistemas centrais de gases. Recomendado para equipamentos móveis de solda.
BIBLIOGRAFIA:
Manual de Emergência - Pró química - ABIQUIM
Manual de Segurança DPSE/SESEMA
A.B.N.T. - Ass. Bras. de Normas Técnicas - EB - 160.
Normas PETROBRÁS -N - 2349 - "Segurança nos trabalhos de soldagem e corte".
N - 18 A - "Preservação e Manuseio de Acetileno".
Solda Oxiacetilênica - Senai R.J - Centro de Tecnologia de Solda.
Gases e Equipamentos para Solda e Corte Oxi-Acetilenicos - AGA
Segurança em gases comprimidos - WHITE MARTINS
Revisão da NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Tabalho na Industria da
Construção, publicada no Diário Oficial de 07 de Julho de 1995, página 10.066
Seção I
Agradecimentos:
Á esposa, companheira e ouvinte, Rosana Kielmanowicz Amazonas, filhos Marion e Marcellino, pelas horas ausentes, mesmo quando presente, ao Engo Spindola , pelo incentivo e estimulo com que sempre acompanhou os meus passos mesmo de longe, quando de gerência diferente a Ricardo Moura , pelos livros antigos que cedeu e que muito contribuíram , pelo apoio na confecção e distribuição de apostila / 96 no âmbito do E&P BC , ao TS Cleber Fontes Damasceno, que sempre esteve pronto para ouvir e opinar mesmo longe, ao TS Osvaldo Marendaz Mury pela persistência e dedicação profissional com que leva adiante e incansávelmente os seus projetos e sonhos, enfim são tantos os amigos, colaboradores e incentivadores, que a folha seria pequena para relacionar, obrigado a todos ...
Elaborado por:
Heintz A Amazonas
E&P BC - GESEG / GESIN II
TS II - PMOL - CM 00
heintz@ep.petrobras.com.br
rokise@fusoes.com.br

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Parafusos
Teoria básica
O parafuso é talvez o componente mais encontrado nas máquinas em geral.. Apesar de sua simplicidade sem eles a máquina seria somente um amontoado de peças.
Existem diversos tipos roscas diferentes.Geralmente a rosca utilizada é conforme a norma ISO e é chamada rosca métrica. Existem dois tipos de roscas métricas: fina e grossa.
 A rosca também podem ser direita ou esquerda, isto é, ter sentidos de aperto diferente. Um parafuso de rosca direita quando girado no sentido horário está sendo apertado, o de rosca esquerda, o contrário. Raramente é utilizado um parafuso de rosca esquerda.. Por exemplo, devido ao sentido de rotação do magneto em uma moto, uma porca de rosca direita poderia se afrouxar. Neste caso é utilizado rosca esquerda. rosca é esquerda. deste modo a tendência da peça é se manter apertada.
 As roscas métricas são designadas pelo seu diâmetro. Por exemplo uma rosca métrica grossa com o diâmetro de 6mm é uma rosca M6. Caso o parafuso seja de rosca fina devemos informar o passo da rosca que é a distância que o parafuso avança em uma volta. Neste caso a designação seria M6x0,75
O material que o parafuso é feito vem estampado na sua cabeça na forma de um código de dois números no formato XX.Y. Por exemplo 5.8, 8.8 ou 12.9. Saber conhecer esse código é importante por dar uma boa idéia da resistência do parafuso e para determinar o torque de aperto máximo. O primeiro número (XX) multiplicado por 10 diz o limite de resistência à tração do parafuso e o segundo número (Y) multiplicado por (XX) o limite de escoamento. Por exemplo um parafuso 12.9 possui 120kgf/mm² de resistência e 108kgf/mm² de limite de escoamento.
Aperto dos parafusos.
Os fabricantes divulgam em seus manuais de oficina o torque de aperto para todos os parafusos de suas máquinas. Com o aperto excessivo podemos: espanar os fios da rosca, quebrar o parafuso, empenar a peça que está sendo fixada e esmagar a junta causando vazamento e outros problemas que podem surgir mais tarde. Do mesmo modo um aperto insuficiente pode provocar: vazamentos, fazer o parafuso se perder ou causar desalinhamento em peças ou componentes.
Somente com uma ferramenta chamada torquímetro, conseguimos medir o aperto dado em cada parafuso. Para a grande maioria dos serviços executados nas motos um torquímetro de vareta com escala até 120Nm é suficiente e não custa muito caro. (1kgf.m=10Nm)
Chave sextavada
Rosca
Torque (especificação para parafusos gerais)
8mm
M5
4-8 Nm
8mm
M6
6-10 Nm
10mm
M6
6-10 Nm
12mm
M8
15-25 Nm
13mm
M8
15-25 Nm
14 a 17mm
M10
30-40 Nm
17/19mm
M12
40-55 Nm
19/22mm
M14
75-90 Nm
26mm
M17
58-70Nm
27mm
M18
58-70Nm
30mm
M20
70-83Nm
Chave allen
Rosca
.
5mm
M6
6-10 Nm
6mm
M8
15-25 Nm
8mm
M10
30-40 Nm
12mm
M12
40-55 Nm
Torque de aperto cabeçotes
Moto
Aperto
XL 125 S
18 Nm
20 Nm porcas
NX 150
29 Nm
XLX 250R
47 a 53 Nm
Sahara
12 Nm
XLX 350R
12 Nm
DT 180
25 Nm
DT 200
22 Nm
XT 600
20 Nm porcas
25 Nm parafusos
SXT 16.5
20 a 22 Nm
SXT 27,5/30.0
35 a 36 Nm
Deve-se lembrar sempre de que ao desmontar ou montar componentes deve-se sempre procurar apertar ou desapertar os parafusos de maneira alternada (em cruz) para evitar empenar a peça ou sobrecarregar algum parafuso.
Problemas mais comuns.
Rosca espanada
Devemos ter muito cuidado com as roscas na hora da manutenção. Sempre iniciar o rosqueamento com a mão e só depois do parafuso estar encaminhado devemos usar a chave. No momento do aperto evitar exageros mas mesmo assim caso a rosca seja danificada, pode ser reparada de várias formas dependendo de cada caso. Pode ser feita uma nova rosca de diâmetro maior no mesmo lugar da antiga ou pode ser colocada uma bucha para recuperar o diâmetro original entre outras coisas. Abaixo vemos a recuperação de uma rosca com uma ferramenta chamada macho.
Parafuso travado/quebrado
Os parafusos podem ficar presos por diversas razões, entre elas as mais comuns são: aperto exessivo, corrosão, cabeça do parafuso danificada. Ao tentar retirar um parafuso que você suspeita que esteja preso o importante é não danificá-lo para não tornar as coisas mais difíceis depois. Podem ser tentadas várias coisas primeiro como dar pancadas com um martelo, aplicar óleo penetrante, ou um aquecimento com chama a gás. Se nada disso funcionar tente outros métodos menos ortodoxos:
Chave de Impacto
A chave de impacto funciona quando batemos com um martelo na sua parte posterior. Ela transforma uma parte do impacto em rotação e é ótima para parafusos philips e allen apertados ou que estão com a cabeça danificada.
Caso a cabeça do parafuso esteja danificada você pode tentar usar um alicate de pressão ou serrar uma fenda na cabeça do parafuso e retirá-lo com uma chave de fenda grande ou batendo no sentido do desparafusamento com uma talhadeira.
Se mesmo assim o parafuso se recusa a sair ou no caso de parafusos que quebraram, pode ser necessário soldar uma nova cabeça no parafuso ou furar o local e fazer uma nova rosca.

Dispositivos contra o desparafusamento
Muitos equipamentos  por vibrarem muito devem usar em vários locais dispositivos que evitem o afrouxamento dos parafusos. Podem ser travas, arruelas, pinos, porcas especiais, travas químicas... O importante é sempre manter estes dispositivos em bom estado quando remontamos algum componente. As arruelas de pressão e porcas autotravante devem ser trocadas sempre que perderem a pressão, e as copilhas e lingüetas devem ser sempre novas.
  • Loctite 242/Three bond 1334: Trava rosca médio torque. Porcas e parafusos em geral. Desmontagem frequente.
Loctite 277 Three bond 1329: Trava rosca alto torque. Prisioneiros, sistema de freio, suspensão motor e câmbio. Desmontagem esporádica.


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